quarta-feira, 14 de maio de 2014

Prova de amor...

Prova de amor bizarro. Está aí minha tese para barbaridades protagonizadas por certos casais (ou um dos consortes).

Rapidamente comentando os mais célebres:

- Guilherme e sua então companheira Paula, ilustre desconhecida até então. Ele, aquele galã emergente da novela das 21h há 20 ou 25 anos, contracenando com uma moça bonita chamada Daniela, com quem supostamente manteria um caso amoroso. Nada me tira da cabeça que Guilherme e Paula, besuntados por juras mútuas de amor, foram às raias da insanidade e mataram Daniela àquelas tesouradas, ao invés de tomar um sossega-leão na veia para indenizar seus problemas. Decisão macabra.

-  Suzane e Daniel, casalzinho de adolescentes recém saídos da menor idade, ele um pouco mais pobretão, ela um pouco mais burguesa. Nesse caso, a prova de amor na minha opnião foi a coragem de arrecadar dinheiro dos pais da moça, matando tais há uns 10 anos para que assim o casal ficasse com dinheiro de herança e sem olhos críticos. O casal assassino ainda conseguiu associar um paspalho no assassinato, o irmão do rapaz.

- Alexandre e Anna Carolina são um casal com cara de comparsa um do outro mesmo. Aparentemente bem criados são mesmo burrinhos de dar dó, deram umas declarações dignas de esquete de humorístico escrachado. Mas protagonizaram o oposto de qualquer bom humor, de forma tétrica defenestraram Isabela, a filhinha dele, há 6 anos do alto dos 20 metros onde ficava o andar do apartamento em que o casal criminoso morava. Minha crença é que numa briga de casal tiveram essa ideia assassina de prova de amor. Em meio a tantas formas alternativas de se mostrar amor (como por exemplo comer cocô pelo outro, ou se jogar na frente de um ônibus na estrada), escolheram matar uma criança que não era filha de ambos.

- Caso Bernardo, é uma tragédia que acaba de ocorrer, faz apenas um mês. A polícia do RS acaba de indiciar o pai da criança, a madrasta e uma amiga dela, por participação direta ou indireta na morte do menino. Hoje mesmo passou no Jornal Nacional um vídeo mostrando as assassinas jogando a roupa do magrelinho no lixo após o assassinato. Elas tiveram a pachorra criminosa de mentir para a vítima que iriam lhe presentear com um aquário, e a criança seduzida pelas assassinas não ofereceu qualquer resistência ao próprio sacrifício fatal. Creio que o casal matador queria eliminar o menino por não pertencer em igual forma aos dois (não sabe a madrasta que os normais amam mesmo os de fora da família; não sabe o pai que filho é para dar e receber vida e não morte).

O pai de Bernardo chama Leandro. Já faz mais de um mês da confissão das matadoras, e ele fica quietinho conformado, preso cautelarmente. A polícia diz que ele é o autor intelectual. A promotoria via de regra acompanha a polícia. O cara está vendo seu mundo desmoronar, perde o único filho, e após esses dias todos segue quieto.

Tal como Alexandre e Anna, não há acusações entre o casal doente que vitimou Bernardo, apaixonado e assassino que é tal casal. 

E bem diferente de Suzane e Daniel, e de Guilherme e Paula. Mesmo sem aparentarem maiores arrependimentos, parece que não cabe mais em suas mentes perversas o amor bizarro e maquiavélico que nutriam por seus comparsas.

Que Deus ajude e conforte as almas de todas as famílias enlutadas. Aos assassinos, que nunca souberam o que é amor nem o mais elementar senso do ridículo, que restem apenas as grades e todo o rigor de nossa justiça, mesmo às vezes tão injusta e permissiva.

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