domingo, 27 de novembro de 2016

Vão as estrelas. Ficam as pragas.

Esta frase forte e amargurada foi cunhada pelo estupendo ator Milton Gonçalves, se não me engano quando da morte da intelectual Ruth Cardoso, esposa do ex-presida FHC.

Lembro perfeitamente da imagem dele afirmando essa constatação melancólica.

Soubemos hoje mais cedo da morte do Dr. Russel Shedd, aos 87, pensador cristão de altissimo quilate. Nascido na Bolivia, onde os pais americanos faziam missões visando catequizar índios ao cristianismo, estudou com afinco nos EUA e Europa, e já Ph.D. optou por morar no Brasil, em São Paulo. Produziu livros e comentários absolutamente densos, com muita autoridade.

No mês passado morreu o pastor evangélico, jornalista, escritor e intelectual, o também octagenário Elben Lens Cesar, natural de Campos/RJ, mas radicado há décadas em Viçosa/MG, onde labutava devidamente acompanhado de sua ótima revista Ultimato. Elben escreveu décadas a fio com extrema categoria, mente aberta, humildade, profundidade, simplicidade e relevância. 

Estropícios religiosos como Malafaia, Duque, Hernandes, Santiago e outras excrescências seguem firmes e fortes.

Se bem que palhaços evangélico/políticos como Garotinho e Cunha, antes adorados e defendidos por politicos e religiosos incautos sem noção, hoje justificadamente comem o capim da humilhação. 

Bem, são coisas da vida.

Coisas da morte.

Vamos nessa. 

Uns deveriam viver séculos. Outros poderiam nem ter nascido que não fariam falta.

O tabuleiro do destino não guarda qualquer coerência.

Um comentário:

  1. Sem dúvida, perdemos dois brilhantes mestres e pensadores cristãos! Parabéns por destacar a importância de Elben e Shedd para todos nós, os que tiveram o privilégio de ler e ouvir seus ensinos e opiniões!

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